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Camila Cenci
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- Viagens
17 Mai 2024 -

Camila Cenci na Vinícola Manzwine

Nos anos 80, um brasileiro de origem húngara chamado André Manz chegou a Portugal com um sonho: criar seu próprio vinho.
Camila Cenci na Vinícola Manzwine

Resgatando uma Vinha Abandonada

Nos anos 80, um brasileiro de origem húngara chamado André Manz chegou a Portugal com um sonho: criar seu próprio vinho. Ele comprou uma vinha abandonada em Cheleiros, uma região com uma longa história na produção vinícola, que remonta ao período neolítico, passando pelos romanos e mouros.

Ao visitar sua nova propriedade, André e sua equipe fizeram uma descoberta surpreendente: entre as videiras, havia cerca de 200 cepas de uma variedade de uva que ninguém conseguia identificar. Com a ajuda de especialistas do Instituto da Vinha e do Vinho, eles finalmente descobriram que se tratava da rara uva Jampal.

A Uva Jampal: Uma Joia Esquecida

A uva Jampal é uma variedade autóctone de Portugal, que corria o risco de desaparecer. André Manz, com sua visão empreendedora, decidiu resgatar essa joia esquecida e transformá-la no carro-chefe de sua vinícola, a Manzwine.

Desde 2007, a Manzwine vem se destacando como pioneira na produção de vinhos 100% Jampal, com o vinho Dona Fátima sendo o seu principal representante. Esse vinho, que homenageia a sogra de André, Dona Fátima, foi considerado um dos 50 melhores vinhos do mundo em 2010 pela crítica especializada.

A Origem do Rótulo do Vinho Dona Fátima

A história por trás do nome e do rótulo do vinho Dona Fátima é bastante interessante. Certa vez, André Manz iria receber alguns amigos em sua casa e pediu que levasse um de seus vinhos para servir. Para agradar sua sogra, Dona Fátima, ele decidiu homenageá-la dando o nome de seu vinho.

O rótulo do Dona Fátima também é uma referência à Dona Fátima. Nele, é possível ver a imagem de um fóssil, que quando cortado horizontalmente, revela a forma de uma rosa amarela - a flor favorita de Dona Fátima.

Um Vinho Apreciado em 26 Países

Hoje, os vinhos da Manzwine, com destaque para o Dona Fátima, são apreciados em 26 países, especialmente em estabelecimentos de alta categoria. Devido à sua produção limitada, que varia de 5.000 a 9.000 garrafas por safra, o Dona Fátima tem uma venda restrita a apenas três garrafas por pessoa.

A história da Manzwine e da uva Jampal é um belo exemplo de como a preservação de variedades raras e o empreendedorismo podem resultar em vinhos de excelência, reconhecidos internacionalmente. André Manz, com sua visão e determinação, conseguiu resgatar uma joia esquecida e transformá-la em um dos vinhos mais cobiçados do mundo.

Conclusão

A Manzwine e seu vinho Dona Fátima representam muito mais do que apenas uma vinícola e um rótulo de vinho. Eles são a materialização de um sonho, da preservação de uma herança vitícola e da paixão de um brasileiro que encontrou em Portugal o terroir perfeito para expressar toda a sua criatividade e talento.

O sucesso da Manzwine é um inspirador exemplo de como a combinação de visão, perseverança e respeito pelas tradições pode transformar uma vinha abandonada em um verdadeiro tesouro do mundo do vinho.

Autoria de Camila Cenci por WMB Marketing

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